segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Sobre o Track Day de 29/01/2017 – dia de testes

Fala, galera!

Como já havia anunciado no post anterior, rolou mais um track day neste último domingo, dia 29/01/2017.


Foi apenas o segundo track day desde que o Fiestinha foi transplantado (o primeiro foi em abril de 2016, mas vou falar sobre isso tudo oportunamente), mas aproveitei para testar o novo setup.

Isso porque o Fiestinha sofreu muito pra ter “chão” no track day anterior, há quase um ano, com uma suspensão não tão bem acertada (e feita na garagem de casa – na verdade, só troquei as molas originais por molas Eibach Pro Kit), e pneus comuns de rua.

Para este track day, botei o Fiestinha pra andar com um conjunto novo de suspensão: coilovers feitas sob medida pela S&S Suspensões e Soluções, com amortecedores especiais Bilstein e molas Eibach racing spec. Coisa fina!



Além disso, também testei um conjunto novo de freios, com discos frisados nas quatro rodas e pastilhas Power Brakes. Admito que eu queria pegar pastilhas EBC Yellowstuff, e como não as encontrei a tempo, acabei optando pelas Power Brakes, mas que não decepcionaram em nada na pista.


E, por fim, testei os Toyo R888, montados nas Tecnomagnesio TM Light que queria montar já há bastante tempo, com uma geometria de suspensão pensada para esse conjunto todo.

 

Andei com pouco mais de 3,5º (ou 3º30') de cáster, -2º de cambagem, e convergência o mais neutra possível, valores bem diferentes das especificações originais, que recomendam 3,16º (ou 3º09') de cáster, -0,67º (ou -0,40') de câmber, e 0,17º (ou 0º10') de convergência.

 

Foram muitas mudanças, e bem drásticas com relação à configuração antiga, e a ideia desse track day realmente foi testar a nova configuração e ver quais ajustes seriam necessários.

Também em razão da quantidade de novidades, não vai rolar falar em detalhes sobre elas neste post (mas prometo que oportunamente vou falar sobre elas todas).

Infelizmente, não consegui andar o quanto eu gostaria (dei pouco mais que meia dúzia de voltas, talvez), mas consegui acelerar o carro em todas as seções da pista, o que serviu para testar o setup novo.

O carro esquentou muito logo na primeira volta, o que me obrigou a fazer trechos de cool down antes de conseguir completar uma volta inteira, e isso foi se repetindo durante todas as vezes que o carro ia para a pista.

Cheguei a trocar a bomba d'água e a remover a válvula termostática no meio da prova, com a ajuda mais que profissional do Alê, da StreetMachine, mas a temperatura continuou subindo na pista... Algo que precisa ser seriamente estudado agora e que se tornou prioridade no projeto.

 

Admito que num determinado momento, deveria ter tirado o pé do acelerador mais cedo, mas estava num pega com uma Ralliart branca que estava me travando nas curvas, e deixei a temperatura chegar até uns 110º C (ahh, se não fosse o aquecimento!).

Sobre o setup, não tenho o que reclamar! Se no track day anterior eu brigava o tempo todo com o carro, neste último eu estava andando sobre trilhos!

Os pneus e a suspensão me deram uma aderência espetacular!

Com a configuração antiga, antes eu fazia o miolinho de Interlagos (a seção entre o Laranjinha e o Mergulho) sempre no limite dos pneus, com o carro esparramando e os pneus gritando de dor e agonia. Dessa vez o carro mal chegou a substerçar (claro, ainda há uma grande tendência dianteira, mas que foi muito minimizada), me jogando lá em cima no Pinheirinho (antes eu acabava espalhando muito cedo), me fazendo mergulhar de cabeça no Mergulho (haha!), e me permitindo apontar com muito mais precisão em todas as curvas.

Claro, ainda tenho alguns ajustes pra fazer. Primeiro, penso em alargar um pouco os paralamas, até para ver se consigo abaixar o carro mais um pouco (calma, calma, nada de chora boyzice, só mais 10mm).

Já havia passado uma roda inglesa (roller fender) na lata, mas não foi o suficiente, precisa abrir mais um pouco ainda. Mas nada de fender flares por enquanto! Ainda quero manter a pegada sleeper o máximo possível.


Também achei que o carro “flutuava” um pouco nas retas, talvez por conta da cambagem, ou talvez por conta da convergência neutra. Não chegava a ficar instável, mas a direção (que já é hidráulica) ficava mais leve ainda, tirando um pouco da sensibilidade de pista.

O carro estava atacando as curvas com gosto, e não quero aumentar a cambagem (aumentar no sentido de deixar menos negativa), então acho que da próxima vez, vou tentar abrir um pouco a convergência.

Também quero diminuir um pouco o rebound (a força de retorno) dos amortecedores traseiros. Os freios e os pneus estão segurando o carro extremamente bem, mas senti a traseira querer pular o carro em algumas frenagens mais fortes.

Em algumas curvas, essa “traseirada” até acabou ajudando a apontar melhor o carro, mas quero ele um pouco mais controlável, até para que, se for o caso, eu mesmo solte a traseira por vontade própria (é, isso soou extremamente estranho).

Não que o carro estivesse mergulhando (por enquanto, acho que a suspensão dianteira está muito bem acertada), mas talvez por conta da redução de peso no eixo traseiro, senti que os amortecedores talvez estejam jogando o carro demais para cima.

Bom, por enquanto, esses serão os próximos ajustes. Claro, ainda terei que ir para a pista mais uma vez antes de saber se novos ajustes serão necessários.

Dentre eles, tenho quase certeza que vou precisar mexer na pressão do freio traseiro (como a traseira ainda está muito leve e solta, não consigo saber o quanto de frenagem posso botar nas rodas traseiras), mas lógico, isso é cena dos próximos capítulos!

Obrigado a todo mundo que passou por lá pra conversar, tirar fotos, perguntar do carro, trocar ideia, e um especial obrigado ao “Team Black Lotus”: André Kusano, Ale Street, e Heitor Murakami. Não fosse por vocês, o Fiestinha não teria voltado pra pista!

Deixo, por enquanto, algumas fotos tiradas no domingo. Abraços!



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